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A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) decidiu expandir as homenagens ao oncologista clínico Dr. Bernardo Garicochea, falecido em 11 de outubro último, aos 63 anos. Assim, o Prêmio SBOC de Pesquisa Oncológica Translacional passará a se chamar, já em 2024, Prêmio Bernardo Garicochea de Pesquisa Oncológica Translacional.
A decisão, aprovada pela Diretoria da SBOC, é uma maneira de reconhecer a carreira do Dr. Bernardo, que atuava como oncologista e hematologista da Clínica CPO (Oncoclínicas), coordenando o grupo de genética, e como diretor científico do laboratório de genética molecular Idengene.
O pesquisador era graduado em Medicina e mestre e doutor em Farmácia. Especializou-se em biologia da leucemia pela Royal Postgraduate Medical School Londres (Inglaterra) e em genética humana pelo Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova York (EUA). Era associado da SBOC desde 2017, tendo trabalhado arduamente pelo desenvolvimento da especialidade. Era membro do Comitê de Oncogenética da instituição.
O agora Prêmio Bernardo Garicochea de Pesquisa Oncológica Translacional é concedido, a exemplo do pesquisador que agora dá nome à categoria, a profissionais reconhecidos pela contribuição à medicina translacional com aplicação na oncologia clínica que já tenham sido autores e coautores de publicações em revistas internacionais indexadas.
Já receberam essa premiação Dr. Alessandro Leal (2019), Dr. Carlos Gil Ferreira (2021), Prof. Dr. Roger Chammas (2022) e Dr. Rodrigo Dienstmann (2023). O vencedor de 2024 será anunciado nesta sexta-feira, 24 de outubro, e homenageado na sessão plenária do XXV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá em 8 de novembro, às 16h45, no Rio de Janeiro (RJ).
Formado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1973, Dr. Sergio Simon realizou seu internato e sua residência em medicina interna no Mount Sinai Medical Center, em Miami (Estados Unidos). Ainda nos EUA, realizou dois fellowships: o primeiro em hematologia na Rutgers University, em Nova Jérsei, entre 1977 e 79, e o segundo em oncologia clínica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, entre 1979 e 1980.
De volta ao Brasil, Dr. Simon completou a sua formação acadêmica novamente na FMUSP, defendendo tese de doutorado sobre caracterização imunofenotípica do câncer de mama familial ligado a mutações somáticas dos genes BRCA1 e BRCA2.
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) desde 1985, ano no qual ocupou a vice-presidência para relações internacionais, Dr. Simon integrou as gestões seguintes na entidade até 1991, quando ocupou as vice-presidências para estudos cooperativos e para pesquisas clínicas. Em 2017, retornou à SBOC, mas dessa vez como Presidente, cargo no qual permaneceu até 2019.
Em 2006, foi um dos fundadores do Grupo Brasileiro de Estudos Clínicos em Câncer de Mama (GBECAM), onde atualmente faz parte do Conselho Administrativo. Entre outras atribuições na vida associativa, é também membro da European Society for Medical Oncology (ESMO) e da American Society of Clinical Oncology (ASCO).
Ao longo da sua carreira, produziu dezenas de publicações nacionais e internacionais, entre livros, capítulos e artigos científicos. Foi, até 2013, Professor Associado de Oncologia Clínica na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Até aposentar-se recentemente da prática clínica, Dr. Sergio Simon era oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein e no Grupo Oncoclínicas.
Pelo conjunto de sua trajetória, ele recebe neste ano o Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica. Este é o mais tradicional prêmio da SBOC – criado em 2017 em homenagem ao cientista e oncologista clínico fortalezense falecido em 2015 – e o maior reconhecimento da entidade a profissionais líderes em sua área de atuação, tendo exercido cargos ou atividades importantes em oncologia clínica.
Os vencedores anteriores desse prêmio foram Dr. Wadih Arap (2017), Dr. Jorge Sabbaga (2019), Dr. Antônio Carlos Buzaid (2021), Dr. Auro del Giglio (2022) e Dr. Nelson Teich (2023).
Dr. Sergio Simon e os demais contemplados pelos Prêmios SBOC 2024 serão homenageados na sessão plenária do XXV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá no dia 8 de novembro, às 16h45, no Rio de Janeiro.
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A SBOC conversou com Dr. Sergio Simon e fez a ele três perguntas sobre a sua carreira como oncologista clínico. Confira a seguir:
Como a oncologia surgiu na sua vida e por que escolheu esta especialidade?
A oncologia clínica surgiu na minha vida por influência do meu chefe da residência, que me convidou para participar do ambulatório de uma nova especialidade que estava surgindo nos anos 1970. Logo decidi me especializar na área de câncer e o fellowship em oncologia clínica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center confirmou que minha escolha havia sido acertada.
Na sua opinião, qual será o futuro dessa especialidade?
A oncologia clínica está cada vez mais individualizando a biologia de cada tumor, permitindo tratamento sob medida para cada caso. No futuro, utilizaremos dados de alvos celulares específicos e marcadores imunológicos para cada paciente, permitindo, provavelmente com a ajuda de inteligência artificial, um tratamento mais adequado para cada caso.
Uma frase, música ou poema que te inspire?
Há uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama que deve servir de bússola para os oncologistas: “Hope is the thing inside us that insists, despite all the evidence to the contrary, that something better awaits us if we have the courage to reach for it and to work for it and to fight for it”. Apesar das derrotas pontuais, o oncologista não pode perder a esperança de que um dia alcançaremos a cura do câncer.
Natural de Belo Horizonte (MG), Dra. Andréia Melo graduou-se em Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais, em 2003; e no Instituto de Previdência dos Servidores do Estado fez sua residência em Clínica Médica. O próximo passo de sua formação foi na instituição a qual até hoje é vinculada: o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro (RJ).
Ainda no INCA, Dra. Andréia fez residência médica em Oncologia Clínica, mestrado e doutorado, quando pesquisou, respectivamente, câncer de pulmão não pequenas células e câncer do colo do útero localmente avançado.
Atualmente, ela é chefe da Divisão de Pesquisa Clínica do INCA, médica oncologista no Grupo Oncoclínicas e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
No âmbito acadêmico, tem atuação prolífica na publicação de artigos e pesquisas, bem como na participação de bancas e em orientações de teses e dissertações. Também já recebeu diversos prêmios e títulos, como o Mulheres na Ciência, em 2020, entregue por L’Oréal, Unesco e Academia Brasileira de Ciências; e o Jovem Cientista do Nosso Estado, em 2022, entregue pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ)
Já fez parte da diretoria do Grupo Brasileiro de Melanoma e é atualmente diretora de Pesquisa do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA). Ingressou na Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) em 2010 e na entidade já fez parte da diretoria por duas gestões durante o período de 2021 a 2023. Foi presidente da Comissão Científica do Congresso SBOC 2023 e hoje é coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos e membro de Comitê de Lideranças Femininas.
Pela vasta experiência na oncologia e na pesquisa clínica, Dra. Andréia Melo foi prestigiada com o Prêmio SBOC de Protagonismo Feminino na Oncologia. O reconhecimento é entregue às mulheres que contribuem significativamente na promoção de ambientes profissionais equânimes e que sejam reconhecidas por sua atuação na especialidade.
Dra. Andréia Melo e os demais contemplados com os Prêmios SBOC 2024 serão homenageados no XXV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá de 7 a 9 de novembro, no Rio de Janeiro. A cerimônia especial de entrega dos troféus aos premiados ocorrerá na sessão plenária do evento: 08 de novembro, às 16h45.
Nos anos anteriores, receberam essa premiação a Dra. Angelita Gama (2019), Dra. Rachel Riechelmann (2021), Dra. Aline Lauda Freitas Chaves (2022) e Dra. Patricia Ashton-Prolla (2023).
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A SBOC conversou com Dra. Andreia Melo e fez a ela três perguntas sobre a sua carreira como oncologista clínica. Confira a seguir:
Como a oncologia surgiu na sua vida e por que escolheu esta especialidade?
Durante a minha residência em Clínica Médica tive a oportunidade de acompanhar o Serviço de Oncologia do Hospital e dois aspectos durante o meu estágio me despertaram o desejo de ser oncologista.
O primeiro deles foi a relação médico-paciente, que em uma especialidade que lida de perto com doenças ameaçadoras à vida, é muito mais intensa e desafiadora do que a de outras especialidades clínicas.
Outro aspecto que me encantou foi a velocidade da incorporação de novas tecnologias na área. Naquela época eu já tinha o desejo de trabalhar com pesquisa durante a minha carreira, e vi na oncologia uma grande oportunidade para ser pesquisadora.
Na sua opinião, qual será o futuro dessa especialidade?
Acredito que ainda vamos aprimorar muito as modalidades de tratamento oncológico com refinamentos nas terapias já consideradas padrão. O melhor entendimento da resistência primária e adquirida, modificações no cronograma das intervenções, uso corriqueiro da biópsia líquida, o emprego ampliado de escores de risco genômico, além de novas terapias e combinações será o futuro, certamente.
Ainda temos muito o que fazer no campo da educação em saúde com informações sobre prevenção primária, o estilo de vida saudável, a vacinação, o rastreio, o diagnóstico precoce e a sobrevivência após o tratamento de neoplasias.
Como médica oncologista, que na rotina diária lida com doenças graves que causam sofrimento aos pacientes e às suas famílias, sonho em um futuro eliminar as disparidades na saúde e garantir o acesso e a equidade aos cuidados oncológicos para todos os cidadãos brasileiros.
Uma frase, música ou poema que te inspire?
“Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade” - Carlos Drummond de Andrade.
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) é a alma mater do oncologista clinico Dr. Daniel Girardi. Na instituição, graduou-se (em 2009) em Medicina, quando já fazia parte da Liga de Oncologia, e realizou residência médica em Clínica Médica e Oncologia Clínica.
Atualmente, atua tanto no Hospital Sírio-Libanês de Brasília (DF), no qual é coordenador do Centro de Oncologia, quanto no Hospital de Base do Distrito Federal, onde é chefe do Serviço de Oncologia Clínica.
Seus estudos são focados em tumores gastrointestinais e geniturinários. Entre 2019 e 2020, complementou sua formação após ser selecionado para um programa avançado de especialização em tumores geniturinários e pesquisa clínica no National Institutes of Health, em Bethesda (EUA).
Apesar de ainda ser um jovem especialista, acumula prêmios, títulos e dezenas de publicações, entre livros, capítulos e artigos. Foi um dos organizadores do XIX Congresso Brasileiro de Estudantes de Medicina em 2007.
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) desde 2017, Dr. Girardi foi editor do SBOC Review em 2020, participou da elaboração da prova para o Título de Especialista em Oncologia Clínica (TEOC) em 2021, entre outras contribuições para a Escola Brasileira de Oncologia. Atualmente, é um dos representantes regionais da instituição no Centro-Oeste.
Por conta dessa carreira ainda curta, ele acaba de ser contemplado com o Prêmio Jovem Oncologista SBOC – principal congratulação da entidade a oncologistas de até 40 anos que sejam reconhecidos pela contribuição à especialidade e que tenham atuação comprovada em pesquisa e divulgação científica.
Os premiados serão homenageados e receberão seus troféus durante a sessão plenária do XV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, em 8 de novembro, às 16h45.
Nos anos anteriores, receberam essa premiação o Dr. Denis Jardim (2019), o Dr. Romualdo Barroso (2021), Dr. Pedro Henrique Isaacson Velho (2022) e Dr. Rodrigo Munhoz (2023).
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A SBOC conversou com Dr. Daniel Girardi e fez a ele três perguntas sobre a sua carreira como oncologista clínico. Confira a seguir:
Como a oncologia surgiu na sua vida e por que escolheu esta especialidade?
Conheci a oncologia ainda durante a graduação e me encantei pela especialidade. Durante os primeiros anos da faculdade fiz parte da Liga de Oncologia. Ao longo da residência de Clínica Médica reforcei a decisão de que era a especialidade a ser escolhida. O que me encanta na oncologia é sua dinamicidade, o contato intenso com pacientes e familiares, a constante atualização necessária e os desafios e oportunidades tanto no sistema público quanto no privado.
Na sua opinião, qual será o futuro dessa especialidade?
Vejo a especialidade cada vez mais eficiente em curar e controlar a doença. No futuro teremos tratamentos cada vez mais potentes e individualizados, o que certamente será maravilhoso para nossos pacientes. No entanto, me preocupa o acesso a essas novas medicações no Sistema Único de Saúde (SUS) e o custo atrelado ao avanço. Acesso e custo são questões que precisam ser discutidas cada vez mais, não só em nível de SUS e Brasil, mas globalmente.
Uma frase, música ou poema que te inspire?
Sou muito próximo e gosto muito do lema da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Distrito Federal. Inspiro-me nele em situações difíceis no dia a dia do consultório: “Doando amor, enxugando lágrimas e provocando sorrisos”.
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) e a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), uniram forças para lançar o movimento “Junto Somos Mais Fortes” e publicaram, em conjunto, um artigo de opinião no jornal Estadão.
A iniciativa tem como objetivo promover a conscientização e mobilizar a sociedade em prol da prevenção e do tratamento eficaz do câncer de mama. O texto publicado destaca que o câncer de mama é cada vez mais curável, e o diagnóstico precoce é essencial. Os especialistas ressaltam que, atualmente, é possível realizar cirurgias menos invasivas, com resultados oncológicos e estéticos superiores, muito graças à mamografia. Esse exame pode reduzir a mortalidade pelo câncer de mama em aproximadamente 20% a 30% quando realizado a partir dos 50 anos, e de 15% a 20% a partir dos 40 anos.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de outubro, a Consulta Pública (CP) Nº 68.
A tecnologia avaliada é:
Niraparibe
Indicação: para tratamento de manutenção do câncer de ovário (incluindo trompas de Falópio ou peritoneal primário), de alto grau, avançado (estágio FIGO III ou IV), com mutação nos genes BRCA, sensível à quimioterapia de primeira linha, à base de platina
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de outubro, a Consulta Pública (CP) Nº 65.
A tecnologia avaliada é:
Pancreatina
Indicação: para o tratamento de pacientes com insuficiência pancreática exócrina
Representantes da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) participaram, nessa terça-feira, 8 de outubro, do evento “Câncer de mama e a importância do cuidado integral”, promovido pela Secretaria da Mulher, em parceria com a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados, em alusão ao Outubro Rosa, mês de conscientização sobre esses tumores.
Na mesa "Prevenir", Dra. Danielle Laperche, membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, destacou o papel dos exames de detecção de mutações genéticas no tratamento do câncer de mama, ressaltando seu impacto positivo na sobrevida de pacientes de alto risco e no aumento das chances de cura.
“Uma vigilância ativa para essas pacientes de alto risco permite um diagnóstico precoce mais eficaz. Sem dúvida, isso também tem impacto positivo nos custos, pois reduz o valor do tratamento”, apontou.
Dra. Daniele Assad, também membro do Comitê de Tumores Mamários da SBOC, reforçou a importância da conscientização sobre o câncer de mama e de colo do útero em mulheres jovens, abaixo dos 45 anos, que compõem uma parcela significativa dos casos. Ela destacou, ainda, o papel dos testes genéticos na detecção de mutações. “O acesso a testes genéticos pode viabilizar exames e cirurgias redutoras de risco, prevenindo o desenvolvimento da doença”, afirmou.
Já na sessão "Tratar", o diretor da SBOC, Dr. Romualdo Barroso, mencionou os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), que estimam mais de 70 mil novos casos de câncer de mama por ano entre 2023 e 2025, sendo que cerca de 55 mil mulheres convivem com a doença em estágio metastático.
Segundo o médico, a incorporação de novas tecnologias é crucial para melhorar os desfechos e prolongar a vida dessas pacientes. No entanto, ele alertou para o desafio da efetivação desta incorporação no Sistema Único de Saúde. Há medicamentos aprovados há aproximadamente 900 dias, mas sem implementação de fato.
“A defasagem é ainda maior no sistema privado. Estamos diante de uma distorção entre o que é necessário para nossa população e o que realmente está sendo feito. Por isso, é essencial o trabalho contínuo de grupos da sociedade civil para exigir equidade no acesso a tratamentos para nossos pacientes”, finalizou o especialista.
Confira algumas fotos da sessão:
Dra. Daniella Laperche (Comitê de Tumores Mamários), Dr. Romualdo Barroso (Diretor da SBOC), Dra. Daniele Assad (Comitê de Tumores Mamários)
Helena Esteves, representante do Instituto Oncoguia, Dr. Romualdo Barroso, representante da SBOC, e deputada federal Sílvia Cristina Chagas
Dra. Daniele Assad abordou teste genéticos na detecção precoce
Dra. Danielle Laperche reforçou a importância da vigilância ativa
Mais de 30 residentes do terceiro ano (R3) de oncologia clínica de várias regiões do Brasil se reuniram neste sábado, 5 de outubro, em São Paulo (SP), para a segunda edição do programa “Terminei a Residência: e agora”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).
A iniciativa da Escola Brasileira de Oncologia (EBO) é um misto de tumor board com debates sobre carreira e cuidados necessários entre os residentes e futuros oncologistas clínicos. Neste ano, as discussões de tumores aconteceram virtualmente, em dois módulos anteriores, culminando neste encontro presencial exclusivamente voltado aos anseios, às incertezas e às oportunidades que cercam os residentes.
Durante a abertura do encontro, a presidente da SBOC, Dra. Anelisa Coutinho, ressaltou que um dos objetivos da Diretoria da entidade é desenvolver e fortalecer a proximidade com os jovens profissionais, o que se reflete em eventos como o Terminei a Residência, bem como o Board Review, a Gincana Nacional da Oncologia para Residentes, entre outros.
“Organizamos esse evento a pedido do Comitê de Jovens Oncologistas da Sociedade, que tem uma contribuição muito relevante para a SBOC. Agradecemos muito a esse grupo. Queremos ouvi-los para entendermos sempre os ativos que podemos desenvolver para vocês, criando estratégias de suporte aos oncologistas recém-formados”, resumiu.
A diretora da Escola Brasileira de Oncologia (EBO), Dra. Clarissa Baldotto, ressaltou que o aumento da programação destinada à carreira foi um anseio dos próprios jovens, após a experiência de sucesso da primeira edição. “Por isso, hoje vamos reuni-los com diferentes palestrantes. São pessoas que tiveram histórias e trajetórias com diferentes focos de carreira dentro da oncologia. Uma deficiência que há na formação é entendermos todas as oportunidades que estão disponíveis – e são muitas. Por isso, a ideia é que haja uma troca livre entre os participantes”, explicou.
Durante o primeiro módulo, os residentes foram divididos em seis grupos. Cada um permaneceu em um ambiente, enquanto os palestrantes revezaram para transmitirem suas experiências sala por sala. Foram temas: oportunidades e desafio nos sistemas público e privado e na indústria farmacêutica, o acesso a tratamentos, o relacionamento com fontes pagadoras, a complementação e especialização no exterior e a pesquisa clínica.
Já o módulo seguinte foi destinado ao cuidado do médico oncologista. Com a moderação da Dra. Clarissa, foram apresentadas palestras reunindo novamente os residentes em um só ambiente. Os temas giraram em torno de empreendedorismo, desenvolvimento como líder de opinião, manejo de conflitos de interesse na prática e saúde mental, com foco em síndrome de burnout, depressão e ansiedade.
Também participaram como palestrantes facilitadores os oncologistas Dr. Fernando Meton, Dr. André Sasse, Dra. Maria Ignez Braghiroli, Dr. José Bines, Dra. Maria Fernanda Batistuzzo Vicentini, Dr. Ricardo Zylberberg, Dra. Mariana Laloni, Tiago Farina, Dr. Guilherme Harada, Dr. Rodrigo Munhoz, Dra. Laura Testa, Dr. Thiago Bueno, Dr. Daniel Mori e Dr. Cid Gusmão.
Fala Residente!
Vinda da capital baiana, Dra. Júlia de Castro de Souza, residente de oncologia clínica no Hospital Santa Izabel, disse que o evento traz temas extremamente relevantes para quem está terminando a especialização. “Temos diversas dúvidas e angústias sobre as perspectivas futuras. O mais interessante aqui foi justamente foi trazerem conteúdos que a gente não tem na prática. Por exemplo, a sessão sobre indústria farmacêutica foi a que mais gerou discussão no nosso grupo, pois não temos muito contato. Agregou muito para os residentes”, comentou.
Residente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Dr. Diego Machado disse que o evento é importante para preencher algumas lacunas e dúvidas relacionadas ao início da profissão. “Como ao terminar a residência é outro cenário que viveremos, estamos discutindo temas que vão nos ajudar para o restante da vida e na carreira médica”, comentou.
Como destaques, ele apontou as discussões a respeito das diferenças dos sistemas público e privado, bem como as reflexões sobre como os médicos podem contribuir para um sistema mais sustentável financeiramente.
O piauiense Dr. Daniel Sobral crê que as palestras auxiliaram os residentes, que saem da especialização sem saber exatamente qual frente seguir. “O evento cumpriu muito bem esse objetivo de esclarecer as diferentes áreas que existem e nos sentimos muito à vontade para tirar dúvidas”, acrescentou o residente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).
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