Notícias

Dr. Sergio Simon é contemplado com o Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica

Notícias Quinta, 24 Outubro 2024 17:19

Formado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) em 1973, Dr. Sergio Simon realizou seu internato e sua residência em medicina interna no Mount Sinai Medical Center, em Miami (Estados Unidos). Ainda nos EUA, realizou dois fellowships: o primeiro em hematologia na Rutgers University, em Nova Jérsei, entre 1977 e 79, e o segundo em oncologia clínica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, entre 1979 e 1980.

De volta ao Brasil, Dr. Simon completou a sua formação acadêmica novamente na FMUSP, defendendo tese de doutorado sobre caracterização imunofenotípica do câncer de mama familial ligado a mutações somáticas dos genes BRCA1 e BRCA2.

Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) desde 1985, ano no qual ocupou a vice-presidência para relações internacionais, Dr. Simon integrou as gestões seguintes na entidade até 1991, quando ocupou as vice-presidências para estudos cooperativos e para pesquisas clínicas. Em 2017, retornou à SBOC, mas dessa vez como Presidente, cargo no qual permaneceu até 2019.

Em 2006, foi um dos fundadores do Grupo Brasileiro de Estudos Clínicos em Câncer de Mama (GBECAM), onde atualmente faz parte do Conselho Administrativo. Entre outras atribuições na vida associativa, é também membro da European Society for Medical Oncology (ESMO) e da American Society of Clinical Oncology (ASCO).

Ao longo da sua carreira, produziu dezenas de publicações nacionais e internacionais, entre livros, capítulos e artigos científicos. Foi, até 2013, Professor Associado de Oncologia Clínica na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Até aposentar-se recentemente da prática clínica, Dr. Sergio Simon era oncologista clínico no Hospital Israelita Albert Einstein e no Grupo Oncoclínicas.

Pelo conjunto de sua trajetória, ele recebe neste ano o Prêmio Ronaldo Ribeiro de Carreira em Oncologia Clínica. Este é o mais tradicional prêmio da SBOC – criado em 2017 em homenagem ao cientista e oncologista clínico fortalezense falecido em 2015 – e o maior reconhecimento da entidade a profissionais líderes em sua área de atuação, tendo exercido cargos ou atividades importantes em oncologia clínica.

Os vencedores anteriores desse prêmio foram Dr. Wadih Arap (2017), Dr. Jorge Sabbaga (2019), Dr. Antônio Carlos Buzaid (2021), Dr. Auro del Giglio (2022) e Dr. Nelson Teich (2023).

Dr. Sergio Simon e os demais contemplados pelos Prêmios SBOC 2024 serão homenageados na sessão plenária do XXV Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica, que acontecerá no dia 8 de novembro, às 16h45, no Rio de Janeiro.

 

BOX

A SBOC conversou com Dr. Sergio Simon e fez a ele três perguntas sobre a sua carreira como oncologista clínico. Confira a seguir:

 

Como a oncologia surgiu na sua vida e por que escolheu esta especialidade?

A oncologia clínica surgiu na minha vida por influência do meu chefe da residência, que me convidou para participar do ambulatório de uma nova especialidade que estava surgindo nos anos 1970. Logo decidi me especializar na área de câncer e o fellowship em oncologia clínica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center confirmou que minha escolha havia sido acertada.

 

Na sua opinião, qual será o futuro dessa especialidade?

A oncologia clínica está cada vez mais individualizando a biologia de cada tumor, permitindo tratamento sob medida para cada caso. No futuro, utilizaremos dados de alvos celulares específicos e marcadores imunológicos para cada paciente, permitindo, provavelmente com a ajuda de inteligência artificial, um tratamento mais adequado para cada caso.

 

Uma frase, música ou poema que te inspire?

Há uma frase do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama que deve servir de bússola para os oncologistas: “Hope is the thing inside us that insists, despite all the evidence to the contrary, that something better awaits us if we have the courage to reach for it and to work for it and to fight for it”. Apesar das derrotas pontuais, o oncologista não pode perder a esperança de que um dia alcançaremos a cura do câncer.

Pesquisar