De acordo com informações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o valor gasto pelo Brasil no ano de 2019 alcançou R$1,3 bilhão, incluindo tanto os gastos diretos quanto os indiretos ligados à problemática do câncer de pulmão. Uma análise entre os anos de 2015 e 2019 revelou que em torno de 80% das despesas estão associadas a mortes precoces, acarretando, consequentemente, uma considerável diminuição na produtividade do país.
Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, afirmou que devido à elevada taxa de mortalidade, o câncer de pulmão exerce uma significativa influência na ordem econômica. Ele acrescentou ainda que o câncer de pulmão representa uma questão de grande relevância em termos de saúde pública em escala mundial, e destacou que a abordagem mais eficaz para incrementar as perspectivas de cura reside na identificação precoce do diagnóstico. "Nesse sentido, as estratégias de rastreamento no Brasil ainda são muito limitadas. O estudo é importante ao tentar levantar os custos desse tipo de câncer no país, com foco no potencial impacto das estratégias de rastreio", destacou.