O câncer de intestino ocupa o quarto lugar de maior incidência no Brasil e deverá acometer mais de 27 mil pessoas este ano, segundo dados recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Para diminuir esses índices, o Centro Clínico da PUC do Rio Grande do Sul criou a cápsula endoscópica. Trata-se de uma cápsula com 2,5 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, batizada de M2A, que depois de engolida inicia uma viagem pelo aparelho digestório.
Ao longo do percurso, que dura até 10 horas, bate mais de 50 mil fotos do estômago e dos intestinos, delgado e grosso, que são transmitidas para um gravador colocado na cintura do paciente. Portanto, a cápsula nem precisa ser recuperada no fim da jornada. As imagens dos órgãos, projetadas na tela de um computador, são nítidas e ricas em detalhes, é como se elas transportassem o médico para o interior das entranhas do paciente.
Além disso, a última versão do aparelho possui um sistema (tipo GPS) que facilita a localização exata do ponto de sangramento ou da lesão encontrada. "Esse procedimento tem enorme aplicação nos pacientes com anemia de difícil diagnóstico, tumores intestinais benignos ou malignos, diarréias crônicas, doença inflamatória intestinal e rastreamento e prevenção de câncer de cólon e pólipos intestinais", explica Carlos Kupski, chefe do serviço de gastroenterologia do Hospital São Lucas da PUCRS.
Fonte: Viva Saúde