Oportunidades para profissionais da oncologia

Equipe Grano

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Nesta terça-feira, 22 de agosto, ocorreu o 5º Fórum Oncoguia de Câncer de Pulmão - evento realizado em parceria pelo Oncoguia e o Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT). O tema do Fórum este ano foi a importância da testagem do câncer de pulmão para melhor abordagem e desenvolvimento do tratamento de pacientes.

Ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e atual membro do Comitê de Defesa Profissional da entidade, Dr. Gustavo Fernandes participou do módulo “Precisamos de tratamentos efetivos disponíveis”, discutindo o processo de incorporação das drogas oncológicas na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Sobre a falta de acesso a medicamentos já aprovados no SUS (como evidencia documento da SBOC sobre o tema), Dr. Gustavo Fernandes lembrou que, por um lado, acontece  essa aprovação de drogas cujo o custo deveria ser coberto, mas por outro há barreiras que inviabilizam o seu uso e, portanto, dificultam a atividade do oncologista e o tratamento dos pacientes.

Em relação à contribuição da SBOC nesta área, o ex-presidente falou sobre as Diretrizes SBOC, documentos públicos com recomendações terapêuticas nas diferentes subespecialidades oncológicas, atualizadas anualmente. “Queremos muito participar das discussões com a Conitec, mostrando os subsídios que temos: as evidências e a visão do cuidado dos oncologistas com os pacientes no dia a dia.”

O Fórum abordou, ainda, discussões sobre acesso à pesquisa clínica, desafios na jornada da biópsia e outros temas. O evento aconteceu em meio às campanhas de Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão no Brasil. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tumor é o terceiro mais comum em homens, com 18.020 casos novos estimados em 2023, e o quarto mais comum em mulheres, com 14.540 casos novos estimados.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 29 de agosto, a Consulta Pública (CP) Nº 114, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.

As tecnologias avaliadas são:

Encorafenibe, em combinação com Binimetinibe

Lenvatinibe, em combinação com Pembrolizumabe

  • Indicação: para tratamento de pacientes adultas com câncer endometrial (CE) avançado, que apresentem progressão da doença após terapia sistêmica prévia à base de platina, proficientes em reparo de incompatibilidade do DNA (pMMR), e que não sejam candidatas à cirurgia curativa ou radiação (radioterapia)
  • Relatório da Cosaúde
  • Relatório de recomendação preliminar

Entidades médicas e da sociedade civil manifestaram apoio à evolução do projeto de lei na Câmara dos Deputados, o qual visa estabelecer a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Essa proposta visa possibilitar o monitoramento de todas as fases do atendimento por meio de um sistema de informações. Através dessa ferramenta, será viável verificar a posição nas filas para consultas, tratamentos e transplantes. O projeto agora prossegue para avaliação no Senado.

Em entrevista ao site da revista Veja Saúde, o presidente da SBOC, Dr. Carlos Gil Ferreira, ressaltou que a reestruturação do tratamento do câncer no âmbito do SUS pode contribuir para resolver as disparidades que atualmente persistem no sistema público de saúde, além de aproximá-lo do nível de atendimento oferecido no setor privado. “Esperamos que o projeto avance e signifique um novo momento para a oncologia brasileira”, declarou.

Confira a reportagem na íntegra

A edição do jornal O Globo da última segunda-feira (14) abordou em ampla reportagem que o Ministério da Saúde ainda não elaborou uma estratégia abrangente para o diagnóstico e tratamento do câncer dentro do âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante da ausência de uma abordagem coordenada, segundo a reportagem, especialistas destacam obstáculos que requerem solução. Os desafios enfrentados pelos pacientes englobam desde a carência de profissionais oncologistas, passando pela detecção da doença em estágios avançados, até a escassez na distribuição de medicamentos necessários.

Complementarmente, a matéria apresentou uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a qual apontou que, pelo menos, cinco tratamentos de ponta contra o câncer, que foram devidamente autorizados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) e integrados ao SUS, continuam inacessíveis para os pacientes.

Confira a reportagem na íntegra no site do O Globo

Nesta semana, em 9 de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2.952/2022, que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de autoria da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer. Agora, a proposta será encaminhada ao Senado Federal.

O intuito do projeto é que, uma vez promulgado, as Comissões Intergestoras do SUS pactuem as responsabilidades dos entes federativos nas linhas de cuidado ao câncer que compõem a política, levando em consideração as características demográficas e epidemiológicos e o desenvolvimento econômico-financeiro de cada parte.

Também será mantido pelo poder público um sistema de dados com o registro de suspeitas e confirmações de casos de câncer. O formulário virtual também irá arquivar os detalhes do processo de assistência, com o objetivo de facilitar a supervisão eficaz da execução da política nacional. No sistema, os pacientes também poderão consultar suas posições nas filas de espera.

Outra novidade que o texto traz é o Programa Nacional de Navegação da Pessoa com Diagnóstico de Câncer. Esta parte do projeto determina um passo a passo para o paciente em todas as etapas: do diagnóstico ao tratamento do câncer, desde o momento da suspeita da doença. A expectativa é que isso possa agilizar o atendimento.

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira, a iniciativa é um passo para garantir um ponto fundamental do SUS: a equidade. “A reorganização do atendimento ao câncer no SUS pode ajudar a solucionar as inequidades que existem no próprio serviço público, bem como aproximá-lo do atendimento privado prestado hoje. Esperamos que o projeto avance e signifique um novo momento para a oncologia brasileira”, comentou.

Desde o início da legislatura, a SBOC tem participado de diversas audiências públicas da Comissão Especial sobre Ações de Combate ao Câncer, presidida pelo deputado federal Weliton Prado. Na avaliação do parlamentar, o projeto é um marco no combate à doença, que já é a mais letal em muitas cidades do Brasil.

A Comissão, na figura da deputada federal Silvia Cristina, também convocou um seminário, em São Paulo, para discutir o tema. O objetivo é colher informações que possam contribuir no estímulo ao conhecimento e permitir a conscientização quanto ao combate ao câncer no Brasil. A SBOC é uma das entidades convidadas a participar do encontro, que acontecerá no próximo dia 18 de agosto, às 10h.

Nos dias 1 e 2 de agosto, a nova Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer foi o centro da discussão da Edição Especial Global Forum 2023. Organizado pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, o evento discutiu temas que impactam a saúde brasileira e contou, nesta edição, com a presença de diversas autoridades da saúde, como o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Carlos Gil Ferreira.

Desde 2019, outro evento da entidade, o Global Forum Fronteiras da Saúde, acontece para desenvolver e propor soluções sustentáveis para diversas questões sanitárias. Para dar conta de discussões mais pontuais, porém, foi criado o Edição Especial Global Forum, que se debruça sobre pontos mais específicos. Em 2023, a escolha pelo tema se deu pela necessidade de revisão das políticas de combate ao câncer no país, sobretudo sob a ótica da parte mais importante do processo: o paciente.

No primeiro dia, Dr. Carlos Gil esteve presente na abertura do encontro, dividindo a sessão com Marlene Oliveira, presidente do Lado a Lado, Dr. Roberto de Almeida Gil, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e ex-presidente da SBOC, Dr. Fernando Henrique Maia, coordenador da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, e os deputados Eduardo Pedrosa, Silvia Cristina e Weliton Prado.

Mais tarde, no mesmo dia, o presidente da SBOC participou do painel “Os números do câncer assustam, mas as desigualdades no diagnóstico e tratamento assustam mais ainda”, moderado pelo mastologista Dr. Bruno Laporte, com Dr. Carlos Gil, Dr. Roberto Gil, Dr. Fernando Henrique Maia e Larissa Verissimo, consultora da Organização Pan-americana de Saúde, como debatedores.

O Instituto Lado a Lado pela Vida nasceu em 2008 para conscientizar os homens a cuidarem da saúde. Em 2011, a entidade foi organizadora da campanha Novembro Azul. Atualmente, realizam ações relacionadas a diversos tipos de câncer, como os tumores mamários, pulmonares, colorretais, entre outros.

No último sábado, 29 de julho, gestores de diversas Sociedades de especialidades médicas se reuniram em Campinas (SP) para um encontro de troca de experiências. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) foi representada na ocasião por sua diretora-executiva, Dra. Marisa Madi.

O encontro possibilitou diversas reflexões sobre desafios semelhantes que enfrentam as diferentes entidades, independentemente do tamanho. Também ficou evidente que todas as Sociedades estão em uma tendência de profissionalização administrativa.

“No encontro, abordamos também questões relacionadas a eventos, relacionamento com associados, planejamento estratégico e programas educacionais. Foi uma excelente reunião e esperamos repeti-la no futuro”, conta Dra. Marisa.

Além da SBOC, estiveram representadas por seus gestores as Sociedades Brasileiras de Dermatologia, de Endoscopia Digestiva, de Cirurgia Oncológica, de Cardiologia, de Ortopedia e Traumatologia e de Medicina Nuclear, as Associações Brasileiras de Medicina Intensiva e de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, entre outras.

Em matéria publica pelo Jornal O Globo, as farmacêuticas Moderna e MSD anunciaram o início da terceira e última etapa dos testes clínicos com o imunizante desenvolvido para o tratamento de pacientes com melanoma, tipo de câncer de pele mais letal.
O oncologista clínico e ex-presidente da SBOC, Dr. Gustavo Fernandes, concedeu entrevista ao veículo e reforçou a evolução das terapias de RNAm no período pós pandemia: “Essa vacina para melanoma vem gerando uma repercussão muito grande na comunidade científica. O estudo da fase 2 demonstrou um benefício bem interessante”.

O resultado apresentado mostrou um potencial significativo durante a fase dois dos estudos, quando, em conjunto com o anticorpo monoclonal Keytruda, proporcionou uma redução de 44% nas mortes e recorrências do tumor em comparação com aqueles que somente receberam o medicamento.

Confira a reportagem na íntegra

Estudos revelaram resultados promissores com duas substâncias encontradas na fruta da lobeira, sugerindo que elas podem ser potenciais tratamentos contra o câncer. No entanto, é importante ressaltar que essas pesquisas ainda estão em fases iniciais, e a presença desses componentes na fruta não garante que ingerir o alimento tenha algum efeito comprovado no combate ao câncer.

É fundamental enfatizar que não há evidências científicas que corroborem tais alegações, e a busca por tratamento adequado deve sempre ser orientada por profissionais de saúde especializados. O Instituto Nacional do Câncer (INCA), esclareceu em comunicado que não existe "um único alimento com efeito milagroso capaz de prevenir ou curar o câncer isoladamente".

Em entrevista à Reuters Fact Check, a oncologista Maria Braghiroli, membro do Comitê de Tumores Gastrointestinais da SBOC, explicou que muitos tratamentos farmacológicos têm origem em substâncias encontradas na natureza. Contudo, ela afirmou que desconhece qualquer tipo de terapia contra câncer baseada na ingestão do suco ou da polpa da lobeira.

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