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Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, coordenadora do Comitê de Tumores Ginecológicos da SBOC (2025), Dra. Andréia Melo e a advogada e LinkedIn Top Voice em Equidade de Gênero, Marina Ganzarolli, falam sobre a representatividade e a liderança feminina na medicina.
Com o objetivo de informar e conscientizar as mulheres e seu entorno sobre os tumores mais incidentes na população feminina, a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em parceria com os Grupos Brasileiros de Tumores de Mama (GBECAM), Ginecológicos (EVA), Torácicos (GBOT) e Gastrointestinais (GTG), realizam em São Paulo, em 7 de março, véspera do Dia Internacional da Mulher, o evento “Mulheres em AntecipAÇÃO: Autoconhecimento é Poder”.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores mais prevalentes nas mulheres são: mama (30% do total de tumores), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7%) e pulmão (6%). Para todos esses, porém, existem estratégias que podem ajudar a reduzir o risco e a ampliar o diagnóstico precoce, melhorando assim as possibilidades de tratamento. Por isso, a ideia de realização deste encontro gratuito para mulheres interessadas em prevenção e diagnóstico precoce de câncer, profissionais de saúde, pacientes oncológicos, pesquisadores e todos os interessados no assunto.
A Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, enfatiza a importância do evento para fomentar o diálogo sobre câncer entre a comunidade, pacientes e profissionais de saúde. “É uma excelente oportunidade para que os especialistas possam compartilhar tudo o que sabem sobre o câncer com o público”, diz. “Sabemos que conhecimento é poder. A informação é nossa melhor aliada quando o assunto é prevenção”, acrescenta.
Câncer de mama
De acordo com projeções do INCA, estima-se que 74 mil novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados em 2025, tornando esse tipo de tumor o mais prevalente entre as mulheres.
A mamografia é um dos principais recursos para a detecção precoce deste câncer. O exame gera imagens de alta qualidade e revela sinais iniciais da doença. Embora o Ministério da Saúde recomende a mamografia a partir dos 50 anos de idade a cada dois anos, sociedades médicas defendem sua realização anual a partir dos 40 anos. Se alterações pré-malignas e tumores mamários forem detectados na fase inicial, as chances de cura chegam a 95%.
Para a diretora de planejamento do Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama (GBECAM), Dra. Gisah Guilgen, divulgar informações corretas à população sobre o rastreamento desse tipo de tumor é essencial para garantir o diagnóstico precoce. “Eventos como esse são muito importantes porque ajudam a desmitificar medos e tabus relacionados ao câncer, frequentemente propagados de maneira equivocada. Isso pode gerar insegurança na população e levá-la a evitar consultas médicas e exames de rotina”, explica a especialista.
Além do rastreamento, a médica destaca a importância da prevenção com hábitos saudáveis. “Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física, evitar álcool e cigarro são medidas simples, mas de grande importância na prevenção de vários tipos de câncer”, reforça.
Câncer de cólon e reto
O câncer de intestino é o segundo mais comum nas mulheres brasileiras, com estimativa acima de 23 mil casos por ano. Segundo a diretora do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), Dra. Maria Ignez Braghiroli, que estará presente no encontro, este tipo de neoplasia quando diagnosticado precocemente apresenta alta possibilidade de cura.
“O rastreamento por meio da colonoscopia é de grande importância, pois podemos detectar tanto o câncer em estágio inicial, antes mesmo do aparecimento de sintomas, quanto alguns tipos de pólipos que podem evoluir para câncer no futuro”, explica a médica. “Além disso, conhecer determinados hábitos de vida que aumentam a chance de desenvolver um câncer do trato gastrointestinal e evitá-los é uma forma das mulheres reduzirem o seu risco individual”, completa.
Câncer de colo do útero
O câncer de colo de útero figura como o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres no Brasil, com mais de 17 mil casos por ano, de acordo com o INCA. Este tipo de tumor está frequentemente associado à infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), considerada a infecção sexualmente transmissível (IST) mais prevalente no mundo. Estima-se que cerca de 80% da população sexualmente ativa já tenha entrado em contato com o vírus.
Presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), Dra. Andréa Gadelha destaca que o evento tem o intuito de chamar a atenção para a prevenção dos cânceres femininos mais frequentes por meio da conscientização sobre fatores de risco, métodos ideais de rastreio e informação de qualidade.
“A integração entre sociedades de especialidades é fundamental para junção de esforços, em busca de um olhar para mulher em sua totalidade, resultando em melhores resultado de prevenção, diagnóstico precoce e otimização do tratamento, beneficiando assim milhares de pacientes e fortalecendo o sistema de saúde como um todo”, reforça a presidente do EVA.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o quarto tumor maligno mais prevalente em mulheres, com cerca de 14 mil casos por ano, segundo dados do INCA. Aproximadamente 85% dos casos diagnosticados possuem alguma relação com o consumo de tabaco e derivados. Mas, apesar do tabagismo ser o principal fator de risco para essa doença, outros fatores como poluição, tabagismo passivo e exposição à radiação natural (radônio) e agentes químicos, como arsênico e asbestos, também têm impacto no desenvolvimento da doença.
Presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), Dr. Vladmir Cordeiro de Lima explica que, apesar do câncer de pulmão ser o quarto mais frequente em mulheres, ele representa a segunda neoplasia com maior taxa de mortalidade entre o público feminino, por isso, considera de extrema importância o debate com a população. “Informação é a ferramenta mais poderosa que temos em todos os cenários. Quanto mais cedo é realizado o diagnóstico, maiores são as chances de sucesso do tratamento”, explica.
O câncer de pulmão é um dos mais prevalentes entre as mulheres, principalmente devido ao consumo de cigarro, embora esse hábito tenha diminuído significativamente nos últimos anos. No entanto, enquanto os casos da doença vêm reduzindo entre os homens, a incidência entre as mulheres continua aumentando. Segundo o Dr. Vladmir Cordeiro de Lima, isso ocorre porque "as mulheres começaram a fumar mais tarde, e como o período de latência entre a exposição ao cigarro e o desenvolvimento do câncer é muito longo, cerca de 20 anos, ainda estamos vendo o impacto desse contingente de mulheres que fumaram até duas décadas atrás".
A frequência de câncer de pulmão em não fumantes é maior entre as mulheres, podendo chegar a 25% dos casos. “Isso pode estar relacionado a uma maior suscetibilidade feminina a carcinógenos ambientais, como a poluição do ar, embora essa relação ainda não seja completamente compreendida”, explica o especialista.
“Mulheres em AntecipAÇÃO”
A primeira edição do evento “Mulheres em AntecipAção” reforça o compromisso da SBOC e dos grupos colaborativos na luta contra o câncer feminino. Ao proporcionar um espaço de aprendizado e troca de experiências, a iniciativa visa não apenas disseminar conhecimento técnico, mas também incentivar hábitos saudáveis, o autocuidado e o rastreamento precoce, fundamentais para o sucesso no tratamento.
Programação
A programação inclui palestras e debates conduzidos por especialistas e a moderação da jornalista Lucia Helena de Oliveira, colunista de saúde do Viva Bem UOL:
Serviço
Evento: Mulheres em AntecipAÇÃO: Autoconhecimento é Poder
Data: 07 de março de 2025 (sexta-feira)
Horário: 14h30 – 17h00
Local: Teatro Unimed (Alameda Santos, 2159, 1º Andar, Jardins – São Paulo – SP)
A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) voltou a contribuir nessa quarta-feira, 26 de fevereiro, com a Consulta Pública 144 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Tal consulta pretende instrumentalizar a Agência para alterar a Resolução Normativa - RN nº 506 (2022), que institui o Programa de Certificação de Boas Práticas em Atenção à Saúde das Operadoras de Planos Privados de Assistência à Saúde
O novo envio aconteceu após a SBOC e outras entidades médicas se reunirem com representantes da ANS. Os médicos solicitaram poder contribuir com a consulta novamente, enviando posicionamentos científicos e referências técnicas para linhas de cuidado em câncer de pulmão, de mama, de colo do útero, colorretal e de próstata propostas pela ANS.
O posicionamento da SBOC foi amparado na deliberação de seus Comitês de Tumores Mamários, Ginecológicos, Torácicos, Gastrointestinais (Baixo), Geniturinários e de Prevenção e Rastreamento, coordenados, respectivamente, pelos associados Dr. Tomás Reinert, Dra. Andreia Melo, Dr. Vladmir Lima, Dra. Rachel Riechelmann, Dr. Fernando Maluf e Dr. Gilberto Amorim.
Conforme indica o documento, linhas de cuidado devem enfatizar abordagens multidisciplinares, assegurando que pacientes tenham acesso adequado a uma equipe completa de profissionais especializados, garantindo um tratamento integral e eficaz. Neste sentido, as sugestões da SBOC pretendem enriquecer as propostas das linhas de cuidado.
Segundo a Presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira, ao se demonstrar de forma clara e objetiva os benefícios de um cuidado de qualidade, pode-se criar um cenário no qual mais instituições adotem essas práticas. “Este posicionamento é um passo necessário para que entidades adotem recomendações que podem transformar a realidade da oncologia e da saúde do Brasil”, explica.
A Clínica Oncovida – Centro de Oncologia, na cidade de Goiânia (GO), seleciona médico oncologista para atuar no atendimento a pacientes, examinar, realizar tratamentos, encaminhar para exames, esclarecer dúvidas, prescrever medicamentos e demais rotinas da função. Candidatos interessados devem enviar CV pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo WhatsApp: (62) 98531-2581.
Entre as principais novidades dos Comitês de Especialidades e Temáticos da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), está a presença de um jovem oncologista em 26 dos grupos. Eles foram selecionados por edital com o objetivo de auxiliá-los a construírem conexões com colegas mais experientes.
Também em 2025 foram criados cinco novos Comitês: de Oncogeriatria, de Adolescentes e Adultos Jovens, de Prevenção e Rastreamento, de Dados de Vida Real e de Cuidados em Sobreviventes.
As mudanças fazem parte da renovação anual dos membros dos Comitês, cujo objetivo é expandir a atuação da SBOC e estimular a colaboração de mais associados. Em 2025, 140 membros SBOC de diferentes regiões do Brasil compõem os 30 Comitês da entidade.
Cada um deles foi desenvolvido a partir das prioridades e lacunas identificadas pela atual gestão da entidade. O Comitê de Oncogeriatria foi estabelecido para atender às demandas do envelhecimento populacional e à necessidade de políticas públicas mais abrangentes nesta área. Seu foco está na melhoria da qualidade do atendimento oncológico nessa população e na formulação de diretrizes específicas.
"Nossas discussões serão sobre os tópicos mais relevantes para o atendimento e cuidado dos pacientes idosos com câncer, incluindo protocolos de tratamento, adesão terapêutica, aspectos psicológicos e muito mais”, comenta a coordenadora do grupo, Dra. Ludmila Muniz Koch. “Esses debates podem ajudar a garantir que as necessidades dos pacientes sejam atendidas de maneira eficaz, melhorando seus desfechos de saúde e qualidade de vida”, comenta
Já o Comitê de Adolescentes e Adultos Jovens foi criado para suprir a falta de um enquadramento específico para esse público, que se encontra entre as categorias infantil e adulta. O aumento da incidência de câncer nessa faixa etária reforça a importância dessa discussão.
Coordenadora deste Comitê, Dra. Ana Izabela Kazzi enfatiza a necessidade de, “discutir políticas públicas e melhorias na transição do cuidado entre a oncologia pediátrica e clínica, além de desenvolver uma linha de cuidados específica para os adultos jovens com câncer de forma a melhorar a assistência e reduzir as disparidades”.
Com os números de casos de câncer crescendo em todo o mundo, há cada vez mais pessoas que superam a doença e se tornam sobreviventes. Por isso, foi criado também o Comitê de Cuidados em Sobreviventes, cujo foco serão os impactos físicos, psicológicos, sociais e financeiros decorrentes do câncer e seu tratamento.
Para a coordenadora do Comitê, Dra. Luciana Landeiro, o cuidado compartilhado entre oncologistas, atenção primária e ouras especialidades médicas serão prioritários, garantindo integração e sustentabilidade entre essas ações. “Buscaremos também ampliar o discussão sobre a gestão de efeitos tardios para prevenir complicações; e a participação dos pacientes na definição de políticas para um acompanhamento contínuo e centrado em suas necessidades”.
O Comitê de Prevenção e Rastreamento, por sua vez, pretende fortalecer iniciativas que promovam um ambiente no qual mais diagnósticos ocorram de maneira precoce, favorecendo os desfechos clínicos, explica o Coordenador, Dr. Gilberto Amorim.
“Queremos debater mais o rastreamento do câncer de mama a partir dos 40 anos no SUS, viabilizar a implementação do rastreamento do câncer de intestino com colonoscopia a partir dos 45 anos e garantir a realização da tomografia para detecção precoce do câncer de pulmão em pessoas com alta carga tabágica”, detalha.
Por fim, o Comitê de Dados de Vida Real terá como objetivo conscientizar oncologistas e gestores sobre a importância das evidências geradas por estudos do mundo real para decisões clínicas e a sustentabilidade do setor da saúde.
"Vamos trabalhar na construção da confiança pública sobre a importância da integridade na coleta dos dados, a transparência no tratamento da informação, além de práticas éticas na sua análise e publicação", explica o coordenador Dr. Rodrigo Dienstmann.
Para tornar o fluxo de trabalho mais dinâmico, cada Comitê terá um facilitador (Liaison), função desempenhada por algum integrante da Diretoria. Eles atuarão como elo entre os membros do Comitê e a gestão da SBOC ao longo de 2025, buscando assim assegurar um melhor alinhamento estratégico das ações da entidade.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 25 de fevereiro, a Consulta Pública (CP) Nº 150, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A tecnologia avaliada em oncologia é:
Ivosidenibe
Indicação: tratamento de adultos com colangiocarcinoma localmente avançado ou metastático, com mutação do gene IDH1² R132, tratados anteriormente com pelo menos uma linha prévia de terapia sistêmica
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) promove, até 25 de fevereiro, a Consulta Pública (CP) Nº 150, recebendo contribuições para as recomendações preliminares relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde.
A tecnologia avaliada em oncologia é:
Selpercatinibe
Indicação: tratamento de pacientes com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático que seja positivo para fusão RET (RET+), em primeira linha
Dando prosseguimento às regulamentações da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), o Ministério da Saúde publicou nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, as Portarias nº 6.591 e nº 6.592, que instituem, respectivamente, a Rede de Prevenção e Controle do Câncer (RPCC) e o Programa de navegação da pessoa com diagnóstico de câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Dr. Angélica Nogueira, as normatizações são bem-vindas. “São mais elementos que irão auxiliar na eficiência da PNPCC no objetivo de fortalecer a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer, bem como tornar mais efetivo o acesso a tratamento e reabilitação dos pacientes. Esperamos que as autoridades possam operacionalizar o que define as Portarias. A SBOC fica à disposição para auxiliar neste processo”, comenta.
A RPCC tem como objetivo organizar o cuidado integral das pessoas com câncer, em todos os pontos de atenção, por meio de ações e serviços de promoção, prevenção, detecção precoce, diagnóstico, tratamento, reabilitação, cuidados paliativos e apoio psicológico ao paciente e familiares.
A Rede pretende operar em todos os níveis de saúde e a sua implantação se dará por meio da organização de linhas de cuidado específicas do câncer. O intuito com estas linhas será expressar os fluxos assistenciais que precisam ser garantidos ao usuário do sistema de saúde e definir as ações e os serviços que serão ofertados por cada componente da rede, baseados em diretrizes clínicas e de acordo com a realidade de cada região.
Já o Programa de navegação tem como objetivo principal aumentar os índices de diagnóstico precoce e a reduzir a morbimortalidade associada ao câncer. Para isso, é uma das metas identificar, eliminar ou mitigar fatores que impedem ou retardam o diagnóstico e o cuidado da pessoa com suspeita ou diagnóstico de câncer, considerando aspectos sociais, clínicos, econômicos, educacionais, estruturais, entre outros.
A Portaria estabelece que os pacientes deverão receber orientação individual, com contato presencial, por telefone ou por e-mail. Também institui a implementação – pelos entes federativos – de sistemas de informação disponibilizados no SUS para realizar o planejamento, a avaliação, a coordenação, o controle e a regulação do Programa de navegação, em interoperabilidade com os demais sistemas de informação da Saúde.
Segundo a diretora-executiva da SBOC, Dra. Marisa Madi, as Portarias são um avanço e iniciativas estruturantes para atenção oncológica no Brasil. “Esperamos que as próximas regulamentações – que serão necessárias – venham com celeridade, para de fato fazerem diferença na experiência do paciente oncológico e na qualidade da assistência”, adiciona.
Para o coordenador do Comitê de Políticas Públicas da Sociedade, Dr. Nelson Teich, o mais relevante é que o que está escrito nas Portarias e na lei da PNPCC possa ser implementado na prática. “Naturalmente, é um tema complexo. Estamos em um país heterogêneo e necessitamos de diagnósticos para cada região do país, pois não há uma solução uniforme”, diz.
Ele lembra que é comum, no âmbito do SUS, que muitas iniciativas que no papel parecem perfeitas, não se materializem com eficiência. “O que irá fazer a Política funcionar é criar infraestrutura necessária para colocá-la em prática e dar acesso ao paciente. Depois, poderemos comemorar a entrega”, complementa Dr. Teich.
Em seu entendimento, a SBOC tem papel fundamental nesse cenário, sendo uma instituição que poderá colaborar com as autoridades e monitorar a implementação da PNPCC, bem como os resultados alcançados. “A Sociedade pode ter papel ativo no diagnóstico do momento atual, na criação de metas e prazos, na avaliação das mudanças necessárias nas linhas de cuidado, no acompanhamento da implementação, na sugestão de ajustes necessários ao longo do tempo, e na efetivação dos programas.”
A Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha – Fundação São Francisco Xavier, em Ipatinga (MG), está contratando oncologista clínico para integrar sua equipe e realizar atendimentos ambulatoriais para pacientes do SUS, convênios e particulares. Remuneração compatível com o mercado. Interessados devem enviar currículo para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC) começou a ser regulamentada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira, 6 de fevereiro, com a publicação da Portaria nº 6.590, publicada no Diário Oficial da União e assinada pela ministra Nísia Trindade Lima. Há a expectativa que novas Portarias sejam publicadas sobre o tema em breve.
A publicação das normas que regem a Política era um pleito das entidades médicas, entre as quais a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), para entender o funcionamento da nova legislação. Desde a aprovação da PNPCC, em dezembro de 2023, a Sociedade esteve em contato com as autoridades para fornecer subsídios técnicos nas discussões sobre o tema.
A nova Política tem como objetivos a diminuição da incidência de diversos tipos de câncer, a garantia de acesso adequado às ações de promoção da saúde, o cuidado integral à pessoa com câncer, a melhoria da qualidade de vida dos usuários diagnosticados com a doença e a redução da mortalidade e das incapacidades causadas por neoplasias.
“A Portaria representa um avanço significativo no fortalecimento da PNPCC no âmbito do SUS. Ao estabelecer como prioritários a prevenção, a detecção precoce, o tratamento e a reabilitação de pacientes com câncer, a medida fortalece a necessária busca de um cuidado mais integralizado e equitativo. A proposta de incorporação de tecnologias, o uso da telessaúde e a ênfase na qualificação profissional são elementos essenciais para modernizar e ampliar a assistência oncológica no Brasil”, afirma a presidente da SBOC, Dra. Angélica Nogueira.
Contudo, ela alerta, apesar da importância da Portaria, sua plena implementação enfrenta desafios estruturais e operacionais. “A regionalização e descentralização do atendimento são fundamentais, mas exigem investimentos consistentes em infraestrutura, capacitação profissional e regulação eficaz para garantir acesso oportuno e qualidade assistencial. A necessidade de fortalecer a integração dos sistemas de informação, assegurar o financiamento adequado e alinhar as diretrizes nacionais com a realidade são barreiras que precisarão ser superadas”, completa a oncologista clínica.
Segundo Dra. Angélica, a SBOC, como entidade representativa dos oncologistas, tem o compromisso de colaborar ativamente para que essa Política seja efetiva, assegurando que os pacientes oncológicos no Brasil tenham acesso a um tratamento mais célere, eficiente e humanizado.
“A entidade está envolvida desde as discussões iniciais do projeto e pretende desempenhar papel estratégico na implementação da PNPCC, apoiando a capacitação profissional, promovendo educação continuada, contribuindo com diretrizes, monitorando a Política, auxiliando na definição de indicadores de prioridade, qualidade e acesso, atuando junto ao governo e à sociedade civil, entre muitas outras frentes”, avalia.