Preencha o login e senha para cadastrar uma nova pesquisa clínica ou para editar os dados de uma nova pesquisa já inserida.
São permitidos apenas um login e senha por instituição.
Associado(a), por favor utilize seu CPF cadastrado na SBOC. Caso não se lembre ou não tenha cadastrado antes, entre em contato pelo e-mail [email protected].
Um novo exame de sangue que utiliza inteligência artificial está revolucionando o tratamento do câncer ao possibilitar a detecção precoce de mais de nove tipos de tumores em estágios iniciais. Resultados de um estudo com quase 10 mil pacientes mostraram que o OncoSeek - nome da tecnologia - tem uma sensibilidade de 51,7% para todos os tipos de câncer, com uma precisão de 84,3% na detecção dessas neoplasias. Essa ferramenta promissora está oferecendo novas perspectivas terapêuticas, aumentando significativamente as chances de sucesso no diagnóstico do câncer.
Em entrevista à CNN, o Dr. Pedro Henrique Araújo, coordenador do Comitê de Tecnologia e Inovação da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), destacou a importância desse tipo de tecnologia para a detecção precoce de tumores em estágios iniciais da doença, o que aumenta as taxas de cura e auxilia na condução de tratamentos mais específicos, menos agressivos e, ocasionalmente, com menor impacto financeiro. “Um exame de sangue que realize a detecção precoce pode otimizar esse rastreamento, permitindo selecionar melhor os pacientes que seriam submetidos aos exames de rastreamento e a exames mais invasivos”, explica o especialista.
O coordenador do Comitês de Políticas Públicas e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (Gestão 2015-2017), Dr. Gustavo Fernandes, representou a entidade nessa quarta-feira, 17 de abril, no IV Fórum de Oncologia da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (Abificc), em Brasília (DF).
Durante o evento que teve como tema central a “Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer”, o oncologista clínico ressaltou que a linha de cuidado e a navegação do paciente são aspectos fundamentais para garantir as melhores oportunidades terapêuticas no momento adequado. Em seu entendimento, essa é a pauta prioritária dentro das possibilidades de avanço em políticas públicas na área.
Por outro lado, o especialista lembrou que não adianta o médico ter acesso aos recursos necessários no ambiente de trabalho, se os pacientes seguem chegando ao serviço em condições inapropriadas, com diagnóstico tardio.
“A SBOC tem tentado mudar o foco. Sempre fomos chamados para discussões de terapias medicamentosas. Entendemos que essa é uma parte do tratamento, com impacto relevante, mas que não é a principal, considerando a organização em que nos encontramos no Brasil”, comentou Dr. Fernandes.
Ele apontou, ainda, que a dificuldade no acesso a novos medicamentos é parte da realidade dos pacientes em tratamento oncológico tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), quanto no sistema privado. Isso se deve, em sua análise, a fatores como o subfinanciamento da saúde, o sobrepreço dos remédios e as atuais metodologias de aprovação e de análise de custo-efetividade.
“Se não fizermos diagnósticos mais precoces, com agilidade na investigação de sintomas persistentes, não vamos mudar o prognóstico de câncer no Brasil. A incorporação de drogas e tecnologias é importante, mas precisa ser atrelada a uma estrutura melhor, para que a gente trate casos que precisam ser tratados”, completou o ex-presidente da SBOC.
O fórum aconteceu entre os dias 16 e 17, com a presença de autoridades como o Dr. Fernando Maia, coordenador geral da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer, e o Dr. Nelson Teich, membro do Comitê de Políticas Públicas da SBOC e ex-ministro da Saúde, entre outras. A Abificc é uma associação civil, sem fins lucrativos, que atua na coordenação de ações político-administrativas de instituições que atuam no cuidado do câncer.
O vencedor do Prêmio SBOC de Ciências de 2023, concedido ao autor do melhor trabalho submetido ao Congresso SBOC, Marcos Tadeu dos Santos comenta os achados da sua pesquisa "Latin american multicenter validation study: evaluating the diagnostic performance of an optimized microrna and dna-based classifier for indeterminate thyroid nodules".
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de abril, a Consulta Pública (CP) Nº 11.
A tecnologia avaliada é:
Ibrutinibe
Indicação: Tratamento de pacientes com leucemia linfocítica crônica recidivada ou refratária, que são inelegíveis ao tratamento com análogos de purinas
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de abril, a Consulta Pública (CP) Nº 15.
A tecnologia avaliada é:
Rituximabe em monoterapia
Indicação: Pacientes com linfoma folicular assintomático, independentemente do estágio inicial
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) promove, até 29 de abril, a Consulta Pública (CP) Nº 16.
A tecnologia avaliada é:
Lenalidomida em combinação com rituximabe
Indicação: Pacientes com linfoma folicular previamente tratados
Abril também é o Mês de Prevenção do Câncer de Esôfago, que atinge cerca de 11 mil pessoas ao ano no Brasil, segundo estimativas do INCA. No vídeo, os membros do Comitê de Tumores Gastrointestinais Baixo da SBOC Dr. Alexandre Jácome e Dr. Rui Weschenfelder tratam de epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico e tratamento destes tumores.
Abril também é o Mês de Prevenção do Câncer de Esôfago, que atinge cerca de 11 mil pessoas ao ano no Brasil, segundo estimativas do INCA. No vídeo, os membros do Comitê de Tumores Gastrointestinais Baixo da SBOC Dr. Alexandre Jácome e Dr. Rui Weschenfelder tratam de epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico e tratamento destes tumores.
Neste Abril Lilás, Mês de Prevenção do Câncer de Testículo, Dr. Diogo Assed Bastos, diretor da SBOC e coordenador do Comitê de Tumores Geniturinários da entidade, chama atenção sobre os sintomas, o diagnóstico e o tratamento desses tumores, que têm alta taxa de cura e atingem sobretudo os homens de 15 a 35 anos.
Um estudo recente divulgado pela Sociedade Americana de Câncer revela que cerca de uma em cada cinco pessoas desenvolverá câncer ao longo da vida. Com base na análise dos dados referentes ao ano de 2022, o relatório também aponta que aproximadamente um em cada nove homens e uma em cada 12 mulheres perderam suas vidas devido a essa doença. O estudo também alerta para a possibilidade de um aumento de até 77% nos casos de câncer até o ano de 2050.
Durante entrevista concedida ao jornal Record News, a Dra. Anelisa Coutinho, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), expressou sua preocupação com o notável aumento no número de casos de câncer entre os jovens. Ela destacou que este fenômeno possivelmente está relacionado a uma variedade de fatores, incluindo o ambiente, hábitos alimentares e estilo de vida. Para a especialista, se olharmos globalmente e considerarmos diferentes tipos de câncer, estima-se que apenas 5 a 10% deles tenham alguma ligação com fatores genéticos hereditários. Portanto, a maioria dos casos está associada a outras causas.
“Aproximadamente 30% dos casos são estimados como sendo ligados a fatores modificáveis, como a alimentação. Atualmente, observa-se uma mudança nos hábitos alimentares em comparação com anos anteriores, com um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados, carne vermelha e gorduras. Esses fatores contribuem significativamente para o aumento da incidência de vários tipos de câncer”, disse a presidente.