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Durante dois dias, a Praia do Forte, na Bahia, recebeu cerca de 170 participantes e renomados especialistas para discutir os avanços da imunoterapia no País. O Simpósio Brasileiro de Imuno-Oncologia, realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), foi marcado pela diversidade de temas. Foram abordados desde o mecanismo de ação das drogas e como lidar com eventos adversos até aspectos regulatórios, éticos e econômicos para a incorporação desses medicamentos no Brasil.

“Estamos muito felizes por termos reunido tantas pessoas para discutir um tema tão importante quanto às novas terapias no tratamento do câncer. O interesse de todos pelo assunto foi ressaltado com a grande participação e interação dos participantes em todas as palestras”, avaliou o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC e diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês -- Unidade Brasília. Ele ressaltou ainda a presença do Dr. Neil Segal, diretor do núcleo de Imunoterapia do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA), que compartilhou sua experiência na prática da imunoterapia em quatro aulas-palestra.

Um dos pontos altos do evento foi a presença de profissionais das mais diversas regiões do País, o que proporcionou aos médicos de fora do eixo Rio-São Paulo a oportunidade para uma rica troca de experiências. “Além disso, a escolha dos temas procurou suprir a necessidade de atualização sobre essa nova classe de drogas”, enfatizou a Dra. Samira Mascarenhas, oncologista do Núcleo de Oncologia da Bahia e membro da Comissão Científica do Simpósio.

Outro destaque foi a participação de sete ex-presidentes da SBOC no evento. Na opinião do Dr. André de Moraes, presidente da SBOC na gestão 2001-2003, e do Dr. José Carlos do Valle, que esteve à frente da entidade entre os anos de 1989 a 1991, os temas apresentados trouxeram para a realidade brasileira o que vem sendo discutido em todo o mundo sobre formas de abordagem da imunoterapia. Para eles, observar que a SBOC vem demostrando ter um papel atuante na discussão de novas terapias para o tratamento do câncer foi um motivo de alegria.

Segundo Dr. Rodrigo Munhoz, oncologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e do Hospital Sírio-Libanês e membro da Comissão Científica do Simpósio, é fundamental que a comunidade médica entenda a mudança de paradigma em relação ao tratamento do câncer e também as particularidades da imunoterapia. "E essa missão foi cumprida nesses dois dias de evento. A SBOC, com essa iniciativa, está popularizando essa discussão no Brasil”, observou.

Dra. Rachel Cossetti, oncologista e diretora do Hospital do Câncer Aldenora Bello, em São Luís (MA), destaca que o Simpósio foi importante porque discutiu questões como a dificuldade de custeio do tratamento e o que pode ser feito para que o paciente possa ter acesso a ele. "A imunoterapia ainda é muito recente no Brasil. Ainda não temos claro como administrar essa terapia sem com isso onerar o sistema de saúde."

Para Gustavo Amarante Mendes, presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI), o evento foi de extrema relevância por reunir a experiência da SBOC na dinâmica da pesquisa clínica e dos assuntos regulatórios. “A SBI é uma sociedade puramente acadêmica; não temos o viés clinico da SBOC. Por esse motivo, esse evento é tão importante para nós, porque nos traz outra visão do tema imunoterapia", analisou.

Embora ainda haja um longo caminho a ser percorrido pelos médicos brasileiros em relação à imunoterapia, os participantes se despediram do evento com uma certeza: a terapia imunológica é uma nova realidade no tratamento do câncer e veio para ficar.

Apoios

O Simpósio Brasileiro de Imuno-Oncologia contou com o apoio da American Society of Clinical Oncology (ASCO), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e de várias entidades de estudos, como o Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM), Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG), Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM) e da Latin American Cooperative Oncology Group (Lacog).

Comissão Científica

Uma equipe de renomados oncologistas fez parte da Comissão Científica do Simpósio. São eles:

Dr. Carlos Gil
Dr. Gilberto Lopes
Dr. Gustavo dos S. Fernandes
Dr. Rafael A. Schmerling
Dr. Rodrigo Munhoz
Dra. Samira Mascarenhas
Dr. Sérgio Azevedo

Patrocinadores

O evento contou também com os seguintes patrocinadores: Platina: Bristol-Myers Squibb; Ouro: MSD; Bronze: AstraZeneca e Roche.

Mais fotos e informações sobre o evento na página da SBOC no Facebook.

Página atualizada em 29/4/2016

 

Realizado pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), o Simpósio Brasileiro de Imuno-Oncologia reuniu, em Praia do Forte (BA), cerca de 170 participantes para discutir os avanços da imunoterapia no País.

“O simpósio foi de um excelente nível técnico”, ressalta Dr. Gustavo dos Santos Fernandes, presidente da SBOC e diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês — Unidade Brasília. “Foram dois dias de programação intensa onde se discutiu os avanços da imuno-oncologia em vários tipos de doenças.”

Dr. Neil Segal, diretor do núcleo de Imunoterapia do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA), participou de quatro mesas e destacou as diversas perspectivas futuras da imunoterapia. “A possibilidade de que a imunoterapia funcione em muitos tipos de câncer é algo que estamos ansiosos para que aconteça”, afirmou.

Para o Dr. Pedro Henrique Souza, do Hospital de Câncer de Barretos (SP), também um dos palestrantes, é importante que se discuta não apenas o aspecto científico, mas também a questão de acesso. “O que a gente está vivendo hoje é talvez uma nova era no tratamento do câncer. Mas talvez o grande entrave disso seja como a gente disponibilizar esses tratamentos”, avaliou.

Já a Dra. Rachel Cossetti, diretora do Hospital do Câncer Aldenora Bello, de São Luís (MA), ressaltou que o conteúdo do simpósio ajudou os participantes a entender os princípios da imunoterapia, ter conhecimento sobre as pesquisas que estão sendo feitas para tratamentos futuros “e também já discutir a aplicabilidade dessas drogas no momento atual”.

Veja mais detalhes no vídeo acima.

Patrocinadores

O Simpósio Brasileiro de Imuno-Oncologia contou com os seguintes patrocinadores: Platina: Bristol-Myers Squibb; Ouro: MSD; Bronze: AstraZeneca e Roche.

O laboratório GlaxoSmithKline (GSK) enviou comunicado aos profissionais de saúde brasileiros alertando para a eventual falta do medicamento Alkeran Injetável (melfalana) no mercado.

A orientação do laboratório é que não se iniciem tratamentos com o Alkeran Injetável em novos pacientes até que o fornecimento se normalize. Em relação aos pacientes que já estão usando o medicamento, o laboratório recomenda que se verifique a situação do estoque local e, se necessário, sejam consideradas outras alternativas de tratamento.

A crise na distribuição do medicamento foi motivada por uma interrupção temporária na sua fabricação em Parma, na Itália, em março de 2016, por medida de precaução, enquanto o laboratório analisava dados relativos à sua fábrica. Segundo a GSK, a investigação foi concluída sem que fosse constatado nenhum problema na qualidade, eficácia ou segurança do produto.

O laboratório informa que está empenhado em restabelecer o fornecimento regular do medicamento, mas não precisa a data em que isso deverá ocorrer. Mais informações podem ser obtidas no Serviço de Informação Médica da GSK, pelo telefone 0800 701-2233 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Veja a íntegra da nota da GlaxoSmithKline (GSK).

A Universidade de São Paulo (USP) e o jornal O Estado de S. Paulo promovem, no dia 29, uma nova rodada do ciclo de debate USP Talks com o tema “A cura do câncer: mitos e realidades”. O evento terá como palestrantes o Dr. Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), e o Dr. Ademar Lopes, vice-presidente do AC Camargo Cancer Center, de São Paulo.

Cada palestrante fará uma apresentação inicial e, na sequência, responderá às perguntas da plateia. O evento é gratuito e aberto ao público (limitação: 168 lugares). Acontece no Teatro Eva Hertz, que fica localizado dentro da Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073). Também haverá transmissão ao vivo pela internet, no canal do USP Talks do YouTube.

O USP Talks é um ciclo de palestras que aborda diferentes temas, sempre com o objetivo de promover um debate qualificado com a sociedade sobre assuntos importantes do momento. Mais informações na página do USP Talks no Facebook.

Se você é médico residente de Oncologia Clínica, não pode perder a Gincana Virtual de Oncologia da SBOC, uma competição on-line entre residentes de todo o Brasil. A gincana tem como objetivo disseminar conhecimento médico em Oncologia, integrando a comunidade de preceptores e residentes de todo o Brasil.

A cada 15 dias, um caso será inserido no sistema. Ao longo da semana, os participantes deverão responder de uma a cinco perguntas sobre ele. A pontuação vai considerar o tempo para a resposta e a alternativa correta.

Prêmios

Os primeiros quatro colocados serão premiados.

Vencedor – Uma semana de preceptorship em instituição internacional de referência, a ser definida pela SBOC.
Segundo colocado – Pacote para a ASCO 2017, incluindo passagem, estadia e inscrição.
Terceiro colocado – Anuidade da SBOC para 2017 e inscrição gratuita para o Congresso da SBOC.
Quarto colocado – Anuidade SBOC para 2017.

Os dez primeiros ainda terão a sua posição publicada no site.

Inscrições e informações

As inscrições vão até o dia 30 de junho e a gincana se inicia no dia 4 de julho. Participe!

Veja o regulamento completo e mais informações no site da Gincana Virtual.

 

O número de casos de câncer tem aumentado nos últimos anos e um dos principais fatores de risco é o envelhecimento da população, segundo os médicos Gustavo Fernandes, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), e Ademar Lopes, vice-presidente do AC Camargo Cancer Center, de São Paulo. Os dois foram os convidados do USP Talks, evento promovido pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo jornal O Estado de S. Paulo para debater "os mitos e as realidades" sobre a cura do câncer. O encontro aconteceu nesta quarta (29) no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura, em São Paulo.

Apesar do aumento do número de casos, os médicos salientaram a evolução dos tratamentos, que tem possibilitado a cura da doença. “Hoje, temos tratamentos curativos para 70% dos casos de câncer. Esse tratamento é feito com cirurgia, radioterapia, quimioterapia, drogas-alvo e, mais recentemente, imunoterapia”, explicou Dr. Fernandes.

Fosfoetanolamina

No auditório lotado, com cerca de 170 pessoas e transmissão ao vivo pela internet, os médicos também trataram de assuntos que têm sido tema de discussão nos últimos tempos, como a fosfoetanolamina, substância que teve seu uso autorizado por lei sancionada em abril deste ano.

"Quando se diz que alguém melhorou utilizando a substância, isso não é ciência. É preciso aprofundar as pesquisas”, resumiu o presidente da SBOC. “Pessoalmente, não tenho nada contra a fosfoetanolamina, mas ela não passou por estudos clínicos. Não sabemos sua toxicidade e a metodologia utilizada para verificar seu resultado precisa ser mais clara”, disse Dr. Lopes.

Imunoterapia

O presidente da SBOC também falou sobre o uso da imunoterapia, algo que está no espectro da medicina há mais de um século, mas que só começou a apresentar resultados mais promissores para a oncologia recentemente. “A imunoterapia ficou adormecida por 100 anos", disse ele, referindo-se ao período em que teve seus mecanismos e possível aplicabilidade estudados.

Só nos últimos cinco anos é que, por meio dela, tem sido possível conseguir melhores resultados ao inibir os sinais exibidos pelas células tumorais que impediam que elas fossem reconhecidas como câncer pelo sistema imunológico e atacadas por ele. "Mas isso não acontece com todos os tumores", ressaltou Dr. Fernandes. Isso se dá principalmente com os tipos tumorais que acumulam um maior número de mutações. Segundo ele, o tratamento do câncer de pulmão é um dos que vem apresentando mais recentemente avanços com a utilização de imunoterapia.

No Brasil, a estimativa é de que 600 mil casos de câncer sejam registrados este ano. Apenas 10% deles são hereditários. Com o aumento da expectativa de vida – no caso do brasileiro, ela passou de 43 anos em 1950 para 75 nos dias atuais –, há mais exposição a agentes físicos, químicos e biológicos que podem levar ao surgimento de um tumor. Além disso, com o envelhecimento, outros mecanismos intrínsecos do organismo para detectar células potencialmente tumorais também começam a falhar. “Não podemos impedir totalmente o desenvolvimento do câncer, mas é possível prevenir alguns e retardar outros”, afirmou Dr. Lopes. “É possível se prevenir contra o papiloma vírus humano (HPV), que causa câncer de colo de útero nas mulheres”, exemplificou.

Perspectivas

Além da apresentação dos dois médicos, o evento do USP Talks contou com debates da plateia. Dr. Fernandes comentou que a questão da cura do câncer é múltipla e complexa. “Um dos erros é que denominamos câncer diferentes tipos de tumores que surgem no organismo e desconsideramos ainda como a doença se comporta em cada pessoa. Não é tão simples, não existe uma chave que é só ir lá desligar", disse.

Ao ser indagado sobre o papel da indústria farmacêutica na busca da cura do câncer, Dr. Fernandes disse que não é possível apenas criticar seu desempenho. “Não acredito que a indústria farmacêutica tem a cura do câncer e está guardando isso por algum motivo econômico. Ainda que a indústria farmacêutica faça lobby, precisamos acompanhá-la porque ela é quem vem oferecendo novas drogas. No Brasil, o governo não paga o desenvolvimento de novas drogas”, analisou.

Vídeos

Assista na íntegra os vídeos do evento.

Apresentação do Dr. Gustavo Fernandes, presidente da SBOC, no USP Talks

 

Apresentação do Dr. Ademar Lopes durante o USP Talks

 

Dr. Gustavo Fernandes e Dr. Ademar Lopes respondem a perguntas da plateia no USP Talks

A partir de 4 de julho, médicos residentes de Oncologia Clínica de todo o país vão se enfrentar na Gincana Virtual de Oncologia da SBOC, competição on-line que vai testar os conhecimentos dos participantes na área. Serão 224 competidores, de 71 instituições em 16 estados.

Um dos organizadores do evento, Dr. João Nunes, vice-presidente para ensino da SBOC, explica que a ideia de promover uma gincana on-line foi inspirada em uma competição realizada, em 2015, entre escolas de medicina da Bahia, idealizada pela Dra. Clarissa Mathias, secretária geral da SBOC. Ele ressalta a importância da iniciativa. “A gincana servirá como catalisador do interesse dos residentes em estudar Oncologia, e a competição entre jovens médicos é um potente estimulante para isso. Junta-se o gosto pelo estudo ao desafio proporcionado pela competição”, avalia.

Na Gincana Virtual de Oncologia da SBOC, a cada 15 dias um caso clínico será inserido no sistema on-line. Ao longo da semana, os competidores deverão responder de uma a cinco perguntas sobre ele. A pontuação vai levar em consideração o tempo para a resposta e a alternativa correta. “Serão exigidos conhecimentos gerais de Oncologia, como diagnóstico, estadiamento e história natural da doença, mas também epidemiologia, biologia molecular e domínio sobre o tratamento dos principais tumores”, explica Dr. Nunes.

Qualidade técnica

O fato de a competição ser organizada pela SBOC garante a qualidade e idoneidade da disputa. O nível de complexidade de todos os casos clínicos e questões enviados aos candidatos será padronizado e todos os passos da competição serão registrados on-line, de modo a garantir a transparência ao longo do processo.

“A SBOC tem como missão disseminar o melhor conhecimento da Oncologia e esta competição é parte dessa missão”, resume o Dr. Nunes. Além dele e da Dra. Clarissa Mathias, a Dra. Clarissa Baldotto, membro da Comissão de Ética da SBOC, também integra a Comissão Científica da gincana.

Prêmios

Ao final da disputa, o vencedor receberá uma semana de preceptorship em uma instituição internacional de referência, a ser definida pela SBOC. Há ainda outros prêmios em disputa. O segundo colocado será presenteado com um pacote para ASCO 2017, incluindo passagem, estadia e inscrição.

Quem atingir a terceira posição ganhará a anuidade da SBOC para 2017, além de inscrição gratuita para o Congresso da SBOC. Por fim, o competidor com a quarta melhor colocação receberá a anuidade da SBOC para 2017. Os dez primeiros colocados terão sua posição divulgada no site da gincana.

Para mais informações e para assistir aos vídeos explicativos dos casos clínicos da gincana, acesse o site do evento.

 

Já está no ar o vídeo explicativo do Caso Clínico 1 da Gincana Virtual de Oncologia da SBOC. Elaborado pelo oncologista clínico João Soares Nunes, vice-presidente para Ensino da SBOC e um dos organizadores do evento, o Caso Clínico 1 teve 5 perguntas, a primeira delas publicada no lançamento da Gincana, no dia 4 de julho.

A Gincana Virtual de Oncologia da SBOC vai testar os conhecimentos de 224 médicos residentes de Oncologia Clínica de 71 instituições, em 16 estados. A cada 15 dias, um novo caso será inserido no sistema on-line. O próximo será divulgado no dia 18 de julho a partir das 22h. Ao longo da semana, os competidores responderão de uma a cinco perguntas sobre ele. A pontuação considera o tempo para a resposta e a alternativa correta. Ao final da disputa, o vencedor receberá uma semana de preceptorship em uma instituição internacional de referência, a ser definida pela SBOC. Há ainda premiação para os outros três primeiros colocados.

Confira o vídeo no site do evento.

A análise das estimativas do INCA permite prever que 2008 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama metastático HER2-positivo em 2016. Neste contingente estão incluídas as pacientes diagnosticadas inicialmente já com a doença metastática e os casos de recorrência de doenças previamente diagnosticadas. Com base nos dados dos principais estudos clínicos para esse perfil de pacientes, pode-se estimar que, se essas mulheres forem tratadas apenas com quimioterapia (tratamento oferecido pelo SUS), somente 808 estarão vivas após dois anos. Entretanto, a combinação de quimioterapia e trastuzumab, elevaria esse número para 1408 mulheres. Já com a associação de quimioterapia, trastuzumab e pertuzumab, 1576 pacientes sobreviveriam. Os dados são do artigo Estimation of Premature Deaths From Lack of Access to Anti-HER2 Therapy for Advanced Breast Cancer in the Brazilian Public Health System, publicado este mês no Journal of Global Oncology.

O artigo foi escrito por oito médicos: os oncologistas membros da SBOC, doutores Márcio Debiasi, Tomás Reinert, Rafael Kaliks, Gilberto Amorim (da Comissão de Ética da SBOC), Carlos Sampaio, Gustavo Fernandes (presidente da SBOC) e Carlos Barrios, e a mastologista Dra. Maira Caleffi. O texto destaca: “15 anos após a aprovação mundial do trastuzumab para câncer de mama metastático e um ano após sua inclusão na lista de medicamentos essenciais da OMS, o sistema de saúde pública brasileiro ainda não fornece esse tratamento a sua população”. E, em seguida, reforça: “A introdução de trastuzumab e pertuzumab (no sistema público) aumentaria significativamente o tempo de vida de mulheres com câncer de mama metastático HER2-positivo no Brasil, evitando 768 mortes prematuras nos próximos dois anos.

Leia aqui o artigo na íntegra.

O vídeo explicativo do Caso Clínico 2 da Gincana Virtual de Oncologia da SBOC já está disponível. Foram cinco perguntas que os 224 médicos residentes de Oncologia Clínica de 71 instituições de vários estados do país tiveram de responder ao longo da semana passada. O Caso Clínico 2 foi elaborado pelo oncologista clínico João Soares Nunes, vice-presidente para Ensino da SBOC e um dos organizadores do evento. Na página da Gincana, é possível acompanhar o ranking da disputa.

A Gincana Virtual de Oncologia da SBOC vai propor um novo caso a cada 15 dias. O próximo estará no ar no dia 1° de agosto, a partir das 22h. Como nos dois primeiros, os competidores responderão de uma a cinco perguntas sobre ele durante a semana.

A pontuação considera o tempo para a resposta e a alternativa correta. O vencedor passará uma semana de preceptorship em uma instituição internacional de referência, a ser definida pela SBOC. Os outros três primeiros colocados também serão premiados.

Clique aqui para conferir o vídeo.